MARIA JOÃO GOUVEIA | Dança
Eu … Ele … Eles …
Baseado nas obras e na figura de Fernando Pessoa, este trabalho pretende reflectir sobre a relação do autor com os seus heterónimos. A capacidade de “outrar-se”, de viver, pensar, agir com ele e ao mesmo tempo com os outros dentro dele.
A ambiguidade de criar personas e vidas dentro de nós, a oportunidade de criação dos mundos que desejamos, mas não conseguimos criar na nossa realidade (sinceridade/fingimento), muitas vezes esquecendo-nos de viver o nosso “real”, o não imaginário.
Aprofundar, descobrir, entranhar Pessoa ortónimo e cada um dos heterónimos, na sua relação com Pessoa.
Procurar o que me provocam, o estado a que me levam no que me transformam. O que sou com ele, com eles e comigo mesma.
No meu desassossego procuro-vos
No meu desassossego encontro-vos
E deixo-me levar pelo vosso caminho, como uma folha de jornal a vagar a cidade.
Ouço-vos!
Sinto-vos!
Crio-vos uma casa, um passeio, um cheiro, um mundo!
Amo-vos e perco-vos.
Perco-me em mim! Perco-me a mim! Perco-vos … que nada são!
Já não sei quem sou,
Quem és,
Quem somos.
E aí paro o meu vagar.
Penso, vejo, sinto nos traços do rosto
Que este amor foi só tempo perdido, passado em mim!
NELSON CABRAL | Teatro
Operação Adagietto
Um homem ressuscita em dó sustenido menor.
Um breve trilhar, também musical, por textos sérios e outros nem por isso, de autores devidamente reconhecíveis e referenciáveis.
TERESA GENTIL | Música
Olhar o disfarce
Canções de mulheres e outras histórias fêmeas
Piano, Guitarra, Guitarra Portuguesa e Voz
Canções de: The Beatles, Chico Buarque, Caetano Veloso, David Mourão Ferreira; Eden Ahbez, Richard Rodgers e Lorenz Hart, Sérgio Godinho, Teresa Gentil, Zeca Pagodinho.
1 de Setembro | 21:30
ANDRÉ LARANJINHA | Multimédia
BMCM impresso na tipografia micaelense
BMCM Impresso na tipografia Micaelense é um pequeno filme sobre uma experiência de impressão com tipos de madeira e de chumbo.
MANINHO | Música
Maninho Solo
Um passeio pela MPB, seus ritmos, poetas, compositores, etc... informação e curiosidades.
MIGUEL MENDES | Teatro
Um Grande Músico Chamado Philip Catherine entre outros
Estas três personagens irão agora juntar-se neste novo espectáculo para simultaneamente fazer as pazes com o passado e romper com ele, saltando para o desconhecido, para o perigo, para um assalto, uma afronta à ordem estabelecida. Num momento e numa parte do mundo em que a revolta eclode do assalto ao extermínio, a arte é quem mais deve agitar-se: é urgente encontrar um portal, um lugar mágico, como a música ou um buraco negro que nos catapulte para uma outra dimensão, uma outra dimensão do ser humano, uma dimensão do colectivo que descobriremos e depois, colectivamente, poderemos cultivar.
2 de Setembro | 21:30
MARIA SIMÕES | Performance
Kill me é uma instalação-performance sobre corpo e identidade no amor, onde se cruzam várias linguagens artísticas (videoarte, performance, música, teatro, literatura...)
Em Kill me apresento uma trilogia de obras, onde o público é convidado a refletir e se debruçar sobre as suas próprias inquietações identitárias relacionadas com o amor, com as relações, com a comunicação amorosa, com a ausência de corpo.
A minha presença acompanha diversamente o público na viagem. Na primeira parte, cada pessoa do público assiste e participa individualmente. na segunda parte, o público agrupa-se em pares (casais ou não). A terceira parte é para todo o público presente (lotação máxima do próprio festival).
Quando não me amas
O meu corpo fica ausente!
Eu não me visto para ti,
Visto-me para mim.
MÁRIO ROBERTO | Multimédia
Onde estamos quando estamos agora
Curta-metragem com interpretação de Cristina R. Cunha
Uma mulher do passado vive na actualidade. Somos de agora ou doutro tempo? Somos de agora e doutro tempo?
LUIS CARVALHO | Teatro
Junto ao Poço
"Junto ao Poço", ou Dentro do Armário, na adaptação que proponho desta peça de Jaime Salazar Sampaio, aborda a temática do "Ser Homossexual" na nossa sociedade, como uma espécie de pessoa diferente, incompreendida e marginalizada pelos seus pares (e, por vezes, pelo próprio, no percurso que faz na senda da assunção da sua natureza).
Fará sentido este estado de "quase quarentena" constante, que mantém alguns de nós distantes, para felicidade e euforia de outros tantos... a "maioria" (conceito com expressão puramente numérica ou estatística, alheia às "cifras ocultas")?
Como diz Luís, "Bem se vê que não é nada com eles, felizardos... Bem se vê que nesta terra só eu tenho um bocado de mim próprio ali dentro... Eu só! Nem o mundo seria habitável, de outro modo... Imaginem uma cidade onde toda a gente estivesse no meu caso... Claro que seria absurdo. Mas imaginem... Isso mesmo!... Cada um de nós com um bocado de si próprio no fundo deste..."
É esta capacidade de imaginação que nos dá a descentração necessária que constitui, por sua vez, o ponto de charneira para a aceitação do que é diferente (porque igual a nós); uma aceitação honesta, descomprometida e consciente (porque verdadeira e natural) que não passa pela simples tolerância. A tolerância, assentando numa lógica de convívio com o que não se gosta ou quer, é um ponto de partida importante... mas não deve ser encarada, nunca, como um ponto de chegada, sob pena de o percurso ficar inacabado... "Ficaste pelo caminho ou foste mais além?..."
3 de Setembro | 22:00
Curta Metragem de Frederico Amaral. com Mattia Ferrario Produzido por Abric Visual Arts, filmado em Barcelona
O autor deixa a mensagem de que ainda é possível superar os obstáculos da vida e deixarmos a nossa marca. Ele revê-se e exprime-se através de um jovem de 25 anos que está em casa envolto nos seus pensamentos e memórias. Põe-se à prova utilizando uma ampulheta, na esperança de conseguir, no menor tempo possível, escrever uma história a partir das experiências que absorveu da rua, das pessoas, dos lugares e das situações do dia-a-dia. Contudo, o tempo é cada vez mais escasso e ele está numa luta constante para expor as suas ideias. Quando o seu pensamento regressa a casa...depara-se com o inesperado.
Dez estórias inventadas e uma canção da timidez
Pic Nic Nas Nuvens
Com voz e guitarra, JP Simões é o cicerone de um passeio por paisagens narrativas onde Deus e o Diabo se confundem na vertigem do amor e do desejo. As canções que apresenta pertencem ao seu já vasto repertório, incluindo inéditos, versões de compositores bem amados e temas recentemente editados.
31 de Agosto a 3 de Setembro
MARIA SIMÕES | Instalação
ZECA MEDEIROS | Teatro/Música
Dez estórias inventadas e uma canção da timidez
Com a participação do guitarrista Maninho
JP SIMÕES | Música
fotografia António Gamito
Pic Nic Nas Nuvens
Com voz e guitarra, JP Simões é o cicerone de um passeio por paisagens narrativas onde Deus e o Diabo se confundem na vertigem do amor e do desejo. As canções que apresenta pertencem ao seu já vasto repertório, incluindo inéditos, versões de compositores bem amados e temas recentemente editados.
O concerto, na boa tradição trovadoresca, contará com comentários actualizados sobre a condição cardíaca do mundo.
31 de Agosto a 3 de Setembro
MARIA SIMÕES | Instalação
MANDA-ME BOCAS
Apresentação de videoarte (3 mn, P/B) criado em 2010, na Bolívia.
Convite ao público a que escreva a resposta ao vídeo. Público co-criador.
Kill me (parte II)
TOMA
Apresentação do videoarte “Toma” (6 mn, Cor) criado em 2010 nos Açores.
2 pessoas assistem ao videoarte “Toma”.